Soneto 195: No silêncio deste quarto!
No silêncio deste quarto,
Encontro-me assim perdida,
Sem saber o que fazer na vida,
Entre tantos versos, me farto!
Então reparto as palavras,
Buscando achar outra saída,
Em versos a rima construída,
Parto o meu amor que tu lavras!
Aras e lavras em mim da tua maneira,
Usas o tal jasmim como esterco,
Eu quero, por fim, ser teu cerco!
Continuar nessa brincadeira,
É meu desejo pr’a vida inteira,
Amo-te enfim... Sim, já me perco!
© SOL Figueiredo
22/05/2012 – às 18:00h