Soneto dos versos que sem querer escrevi
Não, não condene os meus versos tortos,
Não me cale a indignação,
Uma nação que ainda tem muitas crianças de pés no chão,
Que nem sequer tem o direito a um mísero pedaço de pão...
Hoje, quero gritar ao mundo a minha indignação.
Riqueza mal dividida, nas mãos de uns, muitos nada tem,
Terra adorada, Terra amada, Terra bendita,
Realidade triste no desenrolar da fita.
Porque calar os meus versos se esse é o meu lamento?
A sociedade clama seu triste sofrimento.
Mas, cada um no seu canto se isola em confinamento.
Sinto que a humanidade está em decadência,
Perdida, sem direção, a todo momento.
A cada dia estampada, a cara do sofrimento.