AH - MARCELINO!

A manhã morria numa angústia fremente,

Havia gente do outro lado da linha,

Enquanto vinha via a morte indo à frente,

Que um seu ente - fosse a sua - lhe convinha.

Só os seus olhos assistiram a cena bruta,

Que em frágil luta teve o sangue escorrido

Por um bandido que entre o lodo se imputa,

Trama astuta por alguém bem conhecido.

Viu-se espancado, depois morto pendurado

E um truncado batalhão de homens suspeitos

Apagando os feitos do crime anunciado.

Devias ter a punição das mais severas

Pelas esferas com as quais armaste a sorte

Depois da morte, enforcado te puseras.

Vilmar Daufenbach
Enviado por Vilmar Daufenbach em 22/05/2012
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