Quanto mais vagueio no silêncio...
        Perco-me num labirinto de vozes, 
                Ronronando sem parar em prenúncio,
  Das dores da carne feito raízes!

          Desconheço-me nas senis cicatrizes
        Ranhuras esfumadas num estêncil,
           Do eu interior carbonado sob fases,
            Ao perceber, a incógnita, inconsútil!

      Do co-existir neste livro inscrito:
          Nas páginas da natureza reescrita;
                Ao arremessar ossos numa catapulta.

           Do eu em si mesmo - oco - proscrito
         Na argamassa, sepulcral, maldita...
      Na vítrea, inconteste, e vã labuta!



 
Elzana Mattos
Enviado por Elzana Mattos em 21/05/2012
Código do texto: T3680162
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