CARREIRO... CARRO DE BOI...

Ao romper d’aurora atrela o canzil
Nas juntas de bois no velho curral
Ao ombro ajeita a cabaça, seu cantil
A merenda coloca no gasto embornal.

Sol já a pino, molha a camisa de tergal
Do velho carreiro, homem varonil
Segue assim sempre o mesmo ritual
Nos rincões históricos desse Brasil.

Geme o velho carro de boi febril
Trazendo o peso do sagrado cereal
A colheita de milho do mês de abril.

Mês de maio a caminho do arrozal
Vai o carro de boi... O carreiro gentil...
O gemer do cocão escreve o memorial...

 
Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 21/05/2012
Reeditado em 25/06/2012
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