Soneto do Rio de Janeiro
Na lapa, um novo crepúsculo a surgir,
Na orla da baia, luz a colorir,
No moro, beleza morena a remexer,
Mas uma noite carioca a acontecer.
Alguns boêmios costumam passar e ouvir,
Se a solista lua-cheia cantar decidir,
No rio de janeiro até o cristo quer ver,
O findar das estrelas no amanhecer.
Em Ipanema, o sol começa a brilhar,
Despertando o carioca trabalhador.
No Pão de açúcar estando a espreguiçar,
Na janela do bondinho, um beija-flor.
Rio, cenário-bossa de cartão-postal,
maravilhosa cidade sem igual.