Inestimável

De tanto te guardar em madrigais

o quanto foi possível me doei

na pauta das marés onde timbrei

meus loucos plenilúnios musicais.

Cantei os meus acordes outonais

talvez, igual ao cisne... Assim cantei...

E, de todo esplendor que me encantei,

vibrei até quebrar os meus cristais...

Pois era angelical a tessitura,

o verso com matizes de ternura

do qual tu me ensinaste a doce clave.

E fui te decorando com os dedos,

e tanto descobri os teus segredos

até que te tornaste inestimável