Da Solidão
Diga a nós que conhece a vida minha,
Caminhos nesta estrada de rudeza:
Sentir eternamente o que definha,
Ou ser intensamente a Natureza?
Diga ainda ao prazer do que não tinha,
Por tocar violoncelos da tristeza:
Metades que me tinha na leveza,
Ou o inteiro chumbado que caminha?
Pra quem a solidão foi companheira
Nunca irá se esquecer da sombra morta
Que singrou no bater desta estradeira.
Mas por que nos perder na solidão,
Se a vida verdadeira está na porta
Das estrelas perdidas na amplidão.