LAÇOS E POÁS

Menina era... Corpo em conflito
Vestida de azul-claro, laços e poás
Branca inocência, sorriso infinito
Prelúdio do amor, refrescantes aluás.

Doce mel do fruto dos gravatás
A guardar nos lábios teu desejo
Beleza pura da flor dos maracujás
Cálice pronto a se abrir no ensejo.

Ainda tímida se esconde em tafetás
A aurora cândida, o sonho c’ beijos
O olhar embevecido, ardente boás.

Em seu caramujo quais puros aruás
Atiça-lhe a vida qual gavião aflito
Espera seu tempo em laços e poás...