Depois da tempestade...

Quebra o vento a rotina do silencio.
Quebra a chuva a poeira do estradão.
E no rio a correnteza que era mansa.
Se enfurece, se transforma em turbilhão.


Quebra o raio o escuro do horizonte.
E a mata estremece com o trovão.
E nos sulcos que na terra vai formando.
A enxurrada leva lixo e podridão.


E o galho que abrigava o passarinho.
Voa longe com o vento. Cai no chão.
Faz barreira que bloqueia o caminho.


De repente o silencio, a mansidão.
Arco Iris aquieta o sertão.
Lembra aos homens o poder da Criação.


 
Edamaria
Enviado por Edamaria em 17/05/2012
Reeditado em 16/12/2013
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