Licença à Palavra

Para ficar no estrito necessário

É ao pé da letra o instante indiferente

Neste soneto apenas um sumário

Do que me diz a alma certamente

E disso o estar ciente, por hilário

Ao céu da minha obra é silente

Não diz respeito a ela um anuário

Que sobre mim exponha o evidente

As letras são amigas da emoção

Dos sonhos cores, não suas conclusões

E a um poema é como elas se dão

Poema que transvasa mil senões

Não é recado nem é discussão

Tão só contempla alvos de afeições

(MEG)

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 16/05/2012
Código do texto: T3671489
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