MORTE

Minha veste é tecido já roto

Andrajo maltratado na vida

Encabulo e escondo o rosto

Mas então, qual é a saída?

Roupa nova! Simples! Mas nem tanto!

Seria necessário despir-me primeiro

Jogar o trapo em qualquer canto

Sorrir pra dama e sair zombeteiro.

E então vestir o manto mágico?

Não! Não é assim que funciona!

Será difícil, ou até mesmo trágico.

A vida parece escrever em sonetos

Adequando a “muda” em versos contados

Tão exatos: duas quadras e dois tercetos.

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