SEI LÁ DO AMANHÃ
Sei lá do amanhã. Não importa...
A tese do destino indigente
Se abre para mim a sua porta
Refaço a teoria do sol nascente.
Não existe verdade absoluta
Preposição entre futuro e presente
Se os resultados de mim refuta
Calo- me diante do absolvente.
Todo argumento tem sua usura
Move-se no objetivo displicente
Perde-se nas entrelinhas da lisura.
Então, sei lá do amanhã, água turva
Que dissolve-me qual abluente
Perco-me nas linhas de sua curva.