PREVENÇÃO OU MEDO?

Enclausuro-me às vezes e jogo as chaves fora,
Talvez por medo de decepção, eu creio:
De que por desenganos a esperança vá embora
E eu não consiga cortar o mal ainda cedo...

Porém o mal, eu sei não se desfaz assim,
É preferível cortar pelas raízes, por isso evito,
Abrir o coração que pulsa dentro em mim,
Ainda que mesmo em silêncio, consiga ouvir seu grito.

Horas e minutos se passam... E às vezes sonolentos,
Que até parecem fazer culto à saudade e ao pensamento
E nos meus sonhos mais e mais mergulho...

E assim procedendo até esqueço a vida, a solidão,
O coração trancado a alma meio perdida na desilusão,
Deixo-me guiar pelos meus sonhos dos quais tenho orgulho.