"SÓ LHES RESTA PACIÊNCIA"
E a toalha foi ao chão, jogada sem ser pedida.
Ninguém entendeu o motivo, ou razão aparente,
Nada se viu que alegasse uma ação consciente
De entregar os pontos e dar a luta por vencida.
Foi um ato que não se percebeu ser desesperador,
Apenas um lance que mais parece ironia.
Jamais se soube lhe dominar a covardia
Como também nunca se ouviu lamentar uma dor.
Talvez tivesse sido por simples honradez,
Pois, para todos, aquela não seria sua vez,
E a passagem repentina estaria sendo intransigência
De alguém que, saudoso do outro lado, viera buscar
Daquele corpo sua alma para juntos no Éden passear,
Enquanto aos que ficam, só lhes resta ter paciência!...
(ARO. 1999)
E a toalha foi ao chão, jogada sem ser pedida.
Ninguém entendeu o motivo, ou razão aparente,
Nada se viu que alegasse uma ação consciente
De entregar os pontos e dar a luta por vencida.
Foi um ato que não se percebeu ser desesperador,
Apenas um lance que mais parece ironia.
Jamais se soube lhe dominar a covardia
Como também nunca se ouviu lamentar uma dor.
Talvez tivesse sido por simples honradez,
Pois, para todos, aquela não seria sua vez,
E a passagem repentina estaria sendo intransigência
De alguém que, saudoso do outro lado, viera buscar
Daquele corpo sua alma para juntos no Éden passear,
Enquanto aos que ficam, só lhes resta ter paciência!...
(ARO. 1999)