Noite azul marinho
A noite vem chegando azul marinho,
Minusculas poeiras estrelam no céu radiantes,
Brindam com o a moeda de prata, triunfantes
Quando o sol doloroso expira na água, sozinho.
A brisa segue pelo curvilíneo caminho,
Levando os onerosos incensos peregrinantes,
Exalada das flores noturnas, perfumantes,
Ao instante que sussurra nos estigmas, baixinho,
Entre os troncos sulcados , grisalhos
Das árvores em que os musgos são suéteres de lã,
Centenários, estáticos carvalhos,
Aguardando que a bela noite se torne o amanhã,
Com amplexos de imensos galhos,
A mercê dos raios sutis e banais da manhã.