Esperança

Há nestas páginas um sonhar

A leve brisa do pobre desalento,

Um sono pesado de suspirar

Embevece o triste passamento!

Quantos sonhos levei ao relento

Gemendo uma trova libertina

Dentre as lágrimas tal sofrimento

Desejei a tua alma feminina

Mas se uma nota sequer tremeu

Nas cordas largas do violino,

Uma nódoa triste na alma correu

Quando eu ainda era menino

E na ilusão a minha santa bonança

Foi o temporal de falsa ‘sperança

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 14/05/2012
Código do texto: T3667216
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