Mamãe!
Foste verão em minha invernada;
A luta só alimentava teu repouso
Se estou voando é sempre em ti que pouso
Sem teu esteio, é dura a caminhada.
A vida sem ti mãe é quase nada!
Deste-me a força com que ao mundo ouso
Desculpe as vezes em que fui teimoso
Serás sempre minha rainha, minha fada.
Eu já vou indo no caminho do teu encontro
Pra voltar aos teus braços, ter teu manto
E ouvir tuas cantigas de ninar.
Inda lembro que tentavas me ensinar
A no papel o pensamento escrever;
Dizias: os escritos nunca irão morrer.
Josérobertopalácio