Soneto dos Encantos passageiros

Do riso a verter luzes renascidas

Entre essas perfeições afiguradas;

Tenho encanto entre as pálpebras luzidas;

As Palmas ficam todas encantadas.

Das Aves, que a cantar entristecidas,

Espalham seu clangor pelas moradas;

Tenho-me (em certas vezes percebidas)

Perdido ao som de notas tão finadas.

Ouvindo os cantos últimos do dia,

Eu vivo a minha noite em fantasia;

A recitar meus sonhos ao lençol.

E, quando acordo, sinto-me saudoso...

Só saudades d'um sonho suntuoso...

Que se foi... Ao vir fúlgido do Sol!

*Deacassílabos no ritmo heroico

13/05/2012

Innocencio do Nascimento e Silva Neto
Enviado por Innocencio do Nascimento e Silva Neto em 13/05/2012
Reeditado em 25/06/2012
Código do texto: T3664923
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