Soneto dos Encantos passageiros
Do riso a verter luzes renascidas
Entre essas perfeições afiguradas;
Tenho encanto entre as pálpebras luzidas;
As Palmas ficam todas encantadas.
Das Aves, que a cantar entristecidas,
Espalham seu clangor pelas moradas;
Tenho-me (em certas vezes percebidas)
Perdido ao som de notas tão finadas.
Ouvindo os cantos últimos do dia,
Eu vivo a minha noite em fantasia;
A recitar meus sonhos ao lençol.
E, quando acordo, sinto-me saudoso...
Só saudades d'um sonho suntuoso...
Que se foi... Ao vir fúlgido do Sol!
*Deacassílabos no ritmo heroico
13/05/2012