Por não ser mãe, talvez eu não compreenda

É o que sempre ouço, das mães dos outros,

Que os filhos são eternas crianças, mesmo que tenham setenta.



Por não ser mãe, talvez eu não sinta

É o que sempre ouço, das mães que vivem sofrendo

Que sempre perdoam aos seus filhos tiranos,



E assim passa a grande marcha das mães, de todas as idades

De todas as raças de todas as qualidades,

Mas talvez essas mães todas unidas, não conheçam a Mãe de verdade

A mãe do mundo, que traça nossos caminhos, e retira deles os espinhos.

E quem sabe por não ter a mesma responsabilidade que tantas mães no mundo

Possa ver e sentir, compartilhar e servir, a este ser do céu na Terra dos homens.



Não reverenciar um estado, nem viver um estágio, de dor e amor misturados

Mas, e somente por hipótese, olhar a cada ser humano como um filho desgarrado

Porque assim é que somos, filhos perdidos, nas muitas estradas das muitas vidas que temos

E ao olhar uma mãe ou ouvir seu queixume, só posso lhe abençoar o fardo.


Di Sáthya Memorare, para todas as mães da Terra e para além dela.

Di Fátima
Enviado por Di Fátima em 12/05/2012
Código do texto: T3664333
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