UM ATLAS...
Se me sinto perdido um tanto,
Sem estrelas no céu a seguir,
Cardeais pontos, desenganos,
Esse é o mapa que vejo surgir.
No final, tesouro não encontro,
Apenas grutas escuras sem fim,
De sonhos em velhos escombros,
Esse é o mapa que tenho de mim.
Mas quem sabe nas linhas do tempo,
Formem-se novos caminhos pequenos,
Remontando meu mundo, hoje a ruir.
Ao final, dos agora lugares que temo,
Reveja-os de beleza em mim nascendo,
Novo atlas, rio no peito batendo a fluir.