VERSOS LIBERTOS

Eu quero a poesia flutuando

por entre versos meus despidamente,

soprando sentimento sem comando,

sem rumo, por acaso e displicente...

E não determinar sentido exato,

multiplicando infindos coloridos

que possam ser sentidos pelo tato,

olfato, enfim, por todos os sentidos...

Eu quero a poesia que transcenda

vocábulos, vernáculos, se ascenda

e leve os versos meus a aconchegá-los...

E contemplar, libertos da autoria,

meus versos revoando na poesia,

até ser impossível alcançá-los...

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 11/05/2012
Código do texto: T3661480
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