VERSOS LIBERTOS
Eu quero a poesia flutuando
por entre versos meus despidamente,
soprando sentimento sem comando,
sem rumo, por acaso e displicente...
E não determinar sentido exato,
multiplicando infindos coloridos
que possam ser sentidos pelo tato,
olfato, enfim, por todos os sentidos...
Eu quero a poesia que transcenda
vocábulos, vernáculos, se ascenda
e leve os versos meus a aconchegá-los...
E contemplar, libertos da autoria,
meus versos revoando na poesia,
até ser impossível alcançá-los...