A Tempestade
No céu que o mar engasga
Na lufada do bafejo viril,
Corcel da tempestade rasga
O céu pintado de anil
Balouça a falua no temporal
Lutando bravia na maré
O trovão descortina o litoral
No capitão ter-se-ia fé
O tombadilho se umedece
A face se torna cinzento,
Para Deus a oração da prece
Olvidar o trágico tormento
Enfim ter ao fundo a mocidade
Afogado na nau da tempestade