Anjo do meu pecado.
As poucas mulheres que te parecem
São mil que igual a ti me esquecem
Como se eu não bebesse
Com os olhos da beleza que não vivesse...
Quantas vezes eu te vi passar
Sem que me visses; oh mulher, o meu fado
É viver e ver o tempo passar
E a tua beleza se esvair em pecado...
Mas quantos corações não te amam?
E quantos pecados consumados
Diante da santidade das imagens que tu foram?
Por que, oh tempo, deixas corpos acabados,
Mulheres delicadas que as amam
Homens como eu apaixonados?