Musa Impassível? Eu!
Musa Impassível! Eu! Ai que dor!
Celebro num soneto a voz troante
Desta poeta ardente no seu valor
Em rimas vindas d’alma vibrante.
Sacraliza o corpo, execra o tumor,
Deste rival impassível, difamante
Dá-me a inspiração, enfim, o amor
Áureo, vulto de Eros, deus viajante.
Reconduz-me fiel amante, amigo,
Ao calor refulgente da aurora
No vivaz salpicar da flor do trigo.
Não sou a musa fria, impassível...
Minha amorosa, cara, digna..., leitora
Levo meu poetar na boca feito mel.
OU
Não sou a musa fria, impassível...
Meu amoroso, caro, digno..., leitor
Levo meu poetar na boca feito mel.
Como resposta aos intelectuais que desdenharam de Francisca Júlia da Silva Münster, a quem com a sua vida muito me honrou no meu trabalho de mestrado.