OVERDOSE

Igualmente às fases da lua

Que muda de porte sob a noite estelar,

Eu percorro o breu da minha rua...

E troco de holofote... pra melhor versejar!

Se menina...eu sou quarto crescente,

Se me sinto carente, sigo a te procurar...

Num descuido...viro adolescente...

E por ser rima cheia...sou farol a brilhar.

Quando nova, eu sou toda prosa...

E por eu ser poesia, verso a iluminar...

No meu céu de tantas variantes,

Quando quarto minguante...eu me nego a apagar!

Mas diante desta metamorfose,

Eu sou só overdose!...de amor a cintilar.