BRUMAS DA NOITE
Perambulando em sítio cimério
no rosto, o vento sopra e me castiga.
Intrínseco pesar que me fustiga
um misto de tristeza e despautério!
O velho sentimento que litiga,
arrastando o desgosto deletério.
Atira ao vento o som do impropério
porquanto este pesar me desabriga.
E no açoite da velha chibata
que chicoteia, flagela e mata,
posso, enfim sentir tua presença.
Nas brumas dessa noite eu me perco,
buscando fugir deste brusco cerco,
que se formou diante da descrença.
Para o magistral soneto
LABIRINTO
Do poeta e amigo Deley
http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/3652698