Aquela árvore
Ontem desnuda e em convalescência,
dedos crispados, para o alto erguidos,
desesperada em gritos ou gemidos
como a implorar ao vasto céu clemência.
Flores não tinhas, frutos, sombra, nada...
E os homens que buscavam tua fronde?!
Incautos colibris?! E a passarada?
Que é feito deles? Onde, então, se escondem?!
Hoje, porém, a primavera aflora
e tudo há de tornar-se como outrora,
tristeza e dor não tornarão jamais...
Conheço, bem de perto, essas mudanças,
não há entre nós dois dessemelhanças,
nossos destinos não são desiguais!
Brasília (DF), fevereiro de 2012.
Ontem desnuda e em convalescência,
dedos crispados, para o alto erguidos,
desesperada em gritos ou gemidos
como a implorar ao vasto céu clemência.
Flores não tinhas, frutos, sombra, nada...
E os homens que buscavam tua fronde?!
Incautos colibris?! E a passarada?
Que é feito deles? Onde, então, se escondem?!
Hoje, porém, a primavera aflora
e tudo há de tornar-se como outrora,
tristeza e dor não tornarão jamais...
Conheço, bem de perto, essas mudanças,
não há entre nós dois dessemelhanças,
nossos destinos não são desiguais!
Brasília (DF), fevereiro de 2012.