FALECIDA
É de te ver morta que pranteio tanto,
Eu que te abraçava forte em noites frias,
Que planejei dar-te todos os meus dias,
Tenho que enterrar-te neste campo-santo...
É por não poder voltar este meu pranto,
Regressar àquelas lindas alegrias,
Mostrar-te meu sonho, que talvez não vias...
Ah... Se não houvesse o grande desencanto...
Eu mesmo colhi os lírios que te enfeitam,
Meus carinhos nesse teu esquife deitam,
Serão sempre teus, por toda eternidade...
Nestes versos dou-te todo o meu Amor,
Pois não quero mais levar para onde eu for
Nada além da tua doce e vil saudade...