Soneto 172: Tua ausência em mim já dói tanto!
Tua ausência em mim já dói tanto,
Mais parecia ser um sacrilégio...
Inocência achar que tinha remédio,
Que curasse a dor desse tal pranto!
Quanto mais dói, sim, mais tem encanto...
O silente canto ora constróis, tão régio...
Tu me inspiras, ó meu herói egrégio,
Ter-te ardente em mim, agiganto!
Sortilégio tê-lo encontrado,
Nessa vida tão pouco vivida,
És meu colégio de viver, amado!
Privilégio ser a tua querida,
Perdida em teu ser, me apaixono,
És meu único amor, és meu dono!
© SOL Figueiredo
07/05/2012 – às 18:45h