Mortuário
Tenho em mim um sentimento fúnebre,
O porquê de eu estar sempre tristonho,
Me deixa mais triste e nunca risonho;
Preso em pensamentos, fico lúgubre.
Augures do destino sublime e honroso
Vanglorio ilusões do pomposo e inglório
Futuro que não verei no meu velório.
Peço ao menos para o tempo ser moroso.
Esta Lei me deixa, como todos, curioso;
Mas confesso que é ela o solene motivo
Para manter o meu ser triste e ansioso.
Nesse merencório pensar estou cativo:
Sigo para o destino amargo e lutuoso...
Fico, assim, sub-repticiamente furtivo.