ESPERANÇA( republicando)

Esvai-me o outono da vida, cansado e triste,

e a dor falaz desta jornada inda me alcança...

Mas vou buscando em prece a última esperança

na fé que dentro d!alma eu trago e que resiste....

Sentindo a sombra que me sonda e que persiste,

em lancinar minh!alma impura, como lança,

busco abrigar-me no escaninho da lembrança,

pois sei que além existe Alguém que a tudo assiste...

Não me abandono nas sarjetas da amargura,

não me revolto no pavor da noite escura,

e nem permito ver minha alma torturada...

Sei que ela chora, sofre, padece, mas porfia

numa esperança imorredoura, pois confia

que há de raiar nova manhã ensolarada!

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 31/01/2007
Reeditado em 24/10/2021
Código do texto: T365242
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