ESPERANÇA( republicando)
Esvai-me o outono da vida, cansado e triste,
e a dor falaz desta jornada inda me alcança...
Mas vou buscando em prece a última esperança
na fé que dentro d!alma eu trago e que resiste....
Sentindo a sombra que me sonda e que persiste,
em lancinar minh!alma impura, como lança,
busco abrigar-me no escaninho da lembrança,
pois sei que além existe Alguém que a tudo assiste...
Não me abandono nas sarjetas da amargura,
não me revolto no pavor da noite escura,
e nem permito ver minha alma torturada...
Sei que ela chora, sofre, padece, mas porfia
numa esperança imorredoura, pois confia
que há de raiar nova manhã ensolarada!