Selado
Deparei-me com o teu lacre,
Mas não sei como ele se abre,
Sinto na boca um gosto acre.
Sofre meu pobre couer sacré.
E eu não sei como decifrar,
Esse olhar que me fez cifrar
A minha maneira de recitar
Aquilo que eu quis te citar.
Tu ages como uma esfinge,
Mas sei que somente finge
Para manter esse teu olhar.
Isso faz minha paixão coalhar
E vai fazendo eu me ajoelhar
Pois teu lacre só me restringe.