Da infelicidade

Minha saudade não há quem dobre

E aposente debaixo da cama de duna

Em que repousa seus restos na urna

Revestida de ouro branco e cobre.

Sou infeliz ao lembrar da flor nobre,

Lilás, juvenil nos campos férteis,

Depois jazida nos vales estéreis,

Onde o seu vocábulo rico,se fecha tão pobre.

Um dia pensei que fosses infinita,

Na terra de cor voraz

Ou no mar brando de branca fita

Não sou feliz ,não encontro a paz,

Minha flor lilás nobre bendita,

Se o seu coração não bate na terra em que jaz.

Valéria Leobino
Enviado por Valéria Leobino em 05/05/2012
Código do texto: T3651570
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