Da infelicidade
Minha saudade não há quem dobre
E aposente debaixo da cama de duna
Em que repousa seus restos na urna
Revestida de ouro branco e cobre.
Sou infeliz ao lembrar da flor nobre,
Lilás, juvenil nos campos férteis,
Depois jazida nos vales estéreis,
Onde o seu vocábulo rico,se fecha tão pobre.
Um dia pensei que fosses infinita,
Na terra de cor voraz
Ou no mar brando de branca fita
Não sou feliz ,não encontro a paz,
Minha flor lilás nobre bendita,
Se o seu coração não bate na terra em que jaz.