Música, frio e pranto
A estranheza de criar um soneto como uma tarde,
quando o querer é ficar realmente num canto,
ser torta a expressão mesmo se fosse em Marte,
esperando formar ainda algo do meu pranto...
Borbulhas do mar e as gaivotas que emitem sons,
alguns novos poemas guardados numa garrafa,
nas águas mansas levados na correnteza só os bons,
os pássaros protegem (?) as sementes na estrada...
Uma vontade de sair correndo e mudar de nome para John,
onde o mundo não alcança e não causa estafa,
adquirir um escrito com diferente tom,
Pousando no inverno a nuvem deságua a prata,
chuva fina de espanto escutando todo Rony Von,
e ouvindo lá fora pela janela a música acalentada.