A Cidade do Ócio
A Cidade do Ócio
Jorge Linhaça
Agilidade de um caracol
A indolência de uma preguiça
Como um calango deitado ao sol
Vive o homem as suas delícias
Aqui o ócio é legitimado
Pra que ter pressa? Ninguém se incomoda.
Morre mais cedo quem vive apressado
É o pensamento que anda em roda
Essa cultura do ócio sem fim
Já atravessa quantas gerações
Nem sei dizer se é bom ou ruim
Mas a preguiça é a mãe dos ladrões
Valha-nos, pois, o Senhor do Bomfim,
E faça os homens criarem colhões.
Salvador, 4 de maio de 2012