OLHOS CALADOS
Ao lume lunar, viso à chama acesa
Nos olhos de almas que se iluminam
Em retinas cálidas que me fascinam
Nas noites vestidas de tanta beleza.
Escuto ecos que rasgam tais noites
Benditas vozes envoltas em preces
Que, ao palor, cala-te e entorpeces
Em brados versos de fatais açoites.
Escritas lápides, em funéreo astral,
Nos ocos jazigos dos vultos d’outrora
Lapidando ossos do teu ego imortal
E engolindo a morte naquele arrebol
Sepultando breus nos raios d’aurora
Ao nascer da vida pelos raios do sol.
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Giovanni Pelluzzi
São João Del Rei, 04 de maio de 2012