MEUS SONETOS!... = ( À poeta lusa Florbela Espanca)
“MEUS SONETOS!...”
( À poeta lusa Florbela Espanca )
OS meus sonetos nascem descarnados,
Reflexo de feridas doloridas,
Pancadas em estradas percorridas
Em rimas que ensanguentam resultados...
Meus versos são gritos desesperados,
Das dores, e das mágoas recolhidas,
Pedaços de sonhos incinerados
Trocados por tristezas concebidas!...
No entanto, ao repensar os meus espinhos,
As flores entreabertas do caminho,
Suavizam a dor enorme do peito...
E sentindo a enormidade da estrada,
Encanto-me ao saber que a passarada,
"Se aninha" entre as estrofes do soneto!...
Niterói, em 25.04.012
Ronaldo Trigueiros Lima
Métrica : Decassílabo