Pálida Inocência
Por quê? A pálida inocência
Das faces brancas e puras,
E fervilham-te as canduras
De tua vida em paciência!
E eu sequer ao menos cri,
Que tua morte assim lhe ri
Dentre a sua gélida lividez
Nos prantos d’uma palidez!
E teu hálito de virgem sereia
Embriaga-me o velho brio,
Na luz que tua alma ateia
Nas noites cortantes em frio
Mas se lhe dou a existência
Quero a tua pálida inocência!