Pálida Inocência

Por quê? A pálida inocência

Das faces brancas e puras,

E fervilham-te as canduras

De tua vida em paciência!

E eu sequer ao menos cri,

Que tua morte assim lhe ri

Dentre a sua gélida lividez

Nos prantos d’uma palidez!

E teu hálito de virgem sereia

Embriaga-me o velho brio,

Na luz que tua alma ateia

Nas noites cortantes em frio

Mas se lhe dou a existência

Quero a tua pálida inocência!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 04/05/2012
Código do texto: T3648903
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