Almas dilaceradas
Almas Dilaceradas
Auta de Sousa
Quando em dores,na Terra inda vivia
caminhando em aspérrimas estradas,
via presas do pranto e da agonia
almas feridas e dilaceradas.
Escutava a miséria que gemia
dentro da noite das ânsias torturadas,
treva espessa da senda tão sombria
das criaturas desesperançadas.
E eu,que era irmã dos grandes sofredores,
sofria,crendo que tais amargores
encontrariam termos desejados.
E confiada na crença que tivera,
cheguei à luz da eterna primavera
onde há paz para os pobres desgraçados.
Auta de Sousa/Chico Xavier
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