Sem orneio.

Os versos há tempos não me dizem nada

Eu camarada, sempre os tratei bem,

Há trilho e trem, vejo grande a estrada,

Mas, a sumida poesia, não vem.

Alguém aí me diga algum remédio

Pro tédio que me rouba a inspiração

Até minha mão só toca em ré médio...

Nem um pio mais quer dar meu violão.

Solução há de ter para o meu caso

Meu arraso não será pra sempre, creio!

Me norteio, faço as pazes com o parnaso,

Tiro o atraso e nos versos passeio

E sem enleio deslancho no soneto.

Ah, meu canto não parece com orneio.

Josérobertodecastropalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 03/05/2012
Reeditado em 27/03/2013
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