SONETO DE MORRER NA NOITE
Quando vem a noite, angustiante,
como se me fosse de morrer o instante,
entristeço a paz deste meu caminho:
que não saibam como fui sozinho.
Quando vem a noite, à margem
da escura sombra da tua imagem,
sou eu quem fica, quando tudo
se esvai num medo triste e mudo.
Quando vem a noite, silenciosa,
vejo cair as últimas pétalas, desconsolado,
do que nos foi a última rosa.
E ao ver morrer a rosa, morro em mim,
na noite, na ausência de um passado,
nas coisas todas que me trouxeram o fim.
Quando vem a noite, angustiante,
como se me fosse de morrer o instante,
entristeço a paz deste meu caminho:
que não saibam como fui sozinho.
Quando vem a noite, à margem
da escura sombra da tua imagem,
sou eu quem fica, quando tudo
se esvai num medo triste e mudo.
Quando vem a noite, silenciosa,
vejo cair as últimas pétalas, desconsolado,
do que nos foi a última rosa.
E ao ver morrer a rosa, morro em mim,
na noite, na ausência de um passado,
nas coisas todas que me trouxeram o fim.