CENSURAS
E na falência múltipla do sonho,
desesperado, pede por ajuda!
A insanidade beira em dor aguda!
Um cataclismo agônico, medonho...
Está perdido, em busca de socorro,
mas só recebe escarros de censura!
E nos brutais espasmos de amargura,
esputa a vida que se esvai em jorro!
Oh! Tanto quer erguer-se novamente,
pois sempre amou a vida lindamente...
Porém, não mais avista o alvor do altar.
Mas secará sozinho suas dores,
por descobrir que seus censuradores
não têm capacidade de amparar.