Batalha Perdida
Quando contados os longos dias fez-se o tempo
Carregando em seus braços de ferro os sonhos
Inúteis gritos ecoam nas tristes madrugadas
Sob o piar das estáticas corujas acinzentadas
Clamores anônimos mesclados no desespero
Flagelo de existências afundadas na nostalgia
Agonia disfarçada nas máscaras da felicidade
Sonhos perdidos na areia movediçada vaidade
Pobres apelos ecoam na escuridão das almas
Restos opacos das cinzas impregnam as vidas
Atracados nos frios cais das batalhas perdidas
Tênue luzes se revelam na timida esperança
Passos delicados bailam a procura do amor
Infindáveis toques anseiam a essência da flor
(Ana Stoppa)