Nua

Assim tão nua e desdenhosa,

Ao chão vai-te despindo,

Com o teu suspirar tão manhosa

As roupas vão se caindo!

E tua intimidade se desvela,

Evapora-se o receio,

Nua! Na pureza foi-se tão bela

Como a palidez do seio

Teus olhos em êxtase e prazer

Cerram-se como as choupanas

Em tua alma quisera eu viver

No gozo que assim tu emanas!

E assim te fitei tão nua,

Sob argêntea luz da lua!

opoetakurita
Enviado por opoetakurita em 02/05/2012
Código do texto: T3645203
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