Nua
Assim tão nua e desdenhosa,
Ao chão vai-te despindo,
Com o teu suspirar tão manhosa
As roupas vão se caindo!
E tua intimidade se desvela,
Evapora-se o receio,
Nua! Na pureza foi-se tão bela
Como a palidez do seio
Teus olhos em êxtase e prazer
Cerram-se como as choupanas
Em tua alma quisera eu viver
No gozo que assim tu emanas!
E assim te fitei tão nua,
Sob argêntea luz da lua!