Fim
O amor que um dia teve suas chamas
Ardentes, sem limites, nem barreiras,
Agora está jogado pelas beiras,
Nas ruas, como quem socorro clama.
Distante, o tempo está da vez primeira
Em que o prazer do fruto sobre a cama
Tomou o corpo que hoje não mais ama
E nega-se a abrir suas fronteiras.
Fechado está o peito, à nova vida.
Expor-se às aventuras, não mais quer,
Por medo de abrir novas feridas.
Os sonhos se dissipam de manha
E isso vale ao homem e à mulher:
Depois da rendição, a guerra é vã.
Fiore
Reg. EDA/FBN