Soneto à filha adotiva do Rei
Deus te console, ó rei, neste momento
Que é grande, porque procuras na prece
O conforto para o que te entristece
E a nós estampas o teu sofrimento.
Aqui, rei, teu povo no teu tormento
Contigo também sofre e se enternece,
E a Ana, no céu, diz que ela merece
Um pai tão zeloso, no sentimento.
Um pai, que vai muito distante o dia
Como filha e boa amiga a acolheu
E juntos conviveram na alegria.
Um pai, que com sóbria sabedoria
Ensina, na triste canção do adeus,
Que do sangue esta dor não dependia.
(Abril de 2011)