“ORNATO”
O tempo febril urde,
Deixa marca, cicatriz...
Ele mata pela raiz
A nossa frondosa juventude.
Minha vida como um triz
Velozmente, logo, passa!
Não há tempo pra que eu faça
Tudo que sempre quis.
Ontem, fui sorriso... Fui bem...
Fui vigor, fui deleite... E também,
Ontem, fui um folheado hinário...
Ontem, a carne na cova virou lameira.
Hoje, eu sou uma caveira
Ornato de ossuário.