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DORES DE AMORES
Um pedaço de mim, estrada afora
DORES DE AMORES
mistura-se as pedras do caminho,
vai desértica, a alma, sem perfume
como flores, sufocadas, entre os espinhos.
A minha alma, assim, não vale nada
perdeu a essência do amor e seus costumes,
vai sem amar, pela vida, sem sentido
como sem luz, vaga triste, um vaga-lume.
E em derradeiros cristais de amargas águas
os olhos choram as tristezas já vividas
de toda dor, encarcerada e inextinguível
e o desamor, arraigado, em pleno peito
silencia a garganta, sem intento
de abandonar o corpo e seus tormentos.