EXPRESSO Nº UM

Quanto tempo ainda existe, desconheço

Sob o gesso do agora, o meu momento

Muito longe sei ter sido o meu começo

Longe ainda, o meu desejo em desalento.

Oxalá, espaço eu tenha e muita vida

Para ver nascer o sol e a semente

Que lancei sobre o caminho decidida

Sem pensar num tragédia que me ausente.

O agora, tão somente, me permito

Neste grito o meu clamor visa o prazer

Em dar passo em direção do que eu quiser.

Nada mais ganhe o afeto que admito

Corre livre, não se curva ao meu arder

Mas tentei, como tentei, dar-lhe colher...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 30/04/2012
Código do texto: T3641323